Adital – Organizações feministas salvadorenhas demandaram a distintas instituições desse governo aprovarem a Lei Integral para o acesso das mulheres a uma vida livre de violência.
Como parte da comemoração do Dia Internacional para a Saúde das Mulheres, a Rede Feminista contra a violência, a Combinação Feminista “Prudência Ayala” e a Campanha Regional de Acesso à Justiça para as mulheres denunciaram a falta de ações a favor da saúde sexual e reprodutiva das mulheres dentro da Política Nacional de Saúde.
Em análises, as feministas indicaram que a violência contra as mulheres representa um grave problema de segurança e saúde pública. Os assassinatos de mulheres por razões de gênero (feminicídios) aumentaram desmesuradamente.
Em 2008, registraram-se 348 feminicídios; em 2009, 581 e, neste ano de 2010, são 213 assassinatos, segundo dados do Instituto de Medicina Legal.
Nesse sentido, as feministas demandaram ao sistema de justiça salvadorenho que tomem em conta os mandatos da sentença emitida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CoIDH) no caso do Campo Algodoeiro contra México, especificamente, para garantir a segurança e o respeito à obrigação de investigar, julgar e sancionar os responsáveis pela violência contra as mulheres, incluídos os feminicídios.
Durante 2009 e no decorrer de 2010, uma grande proporção de cidadãs sofreu algum tipo de violência sexual, psicológica e física, pelo que é urgente que o sistema de saúde proporcione programas e condições ótimas para a pronta recuperação das vítimas, abunda o comunicado.
Na área da saúde, as salvadorenhas não têm acesso real e eficaz aos serviços de saúde, prova disso é a alta taxa de mortalidade materna no país, que alcança as 71,25 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. É urgente dar prioridade à construção de um hospital moderno especializado que garanta a atenção à saúde das mulheres.
Inclusive, de acordo com estudo realizado pelo Ministério da Saúde, uma das principais causas de morte das salvadorenhas é o câncer cérvico-uterino, enfermidade curável se tratada a tempo.
As organizações feministas exortam à Promotoria Geral da República que se faça responsável e investigue os casos de violência sexual no país, a condenar os culpáveis, já que se viu um aumento nas gravidezes de meninas de 10 anos vítimas de violação.
A notícia é de Cimac