Redação Opinião e Notícia
No continente africano, 80 países criminalizam os homossexuais e as leis de direitos humanos são baseadas na orientação sexual do indivíduo.
Na semana passada, o casal de homossexuais Steven Monjeza e Tiwonge Chimbalanga foi sentenciado a 14 anos de trabalhos pesados. Eles foram acusados de “indecência grave” e “atos não naturais” pelo governo de Malauí (país da África Oriental). Na Uganda, um projeto de lei defende a distribuição de sentenças de prisão para quem não reportar casais do mesmo sexo à polícia e poderia impor a sentença de morte no caso de relações sexuais entre homossexuais, se uma das pessoas for HIV positivo.
Peter Tatchell, um veterano militante dos direitos homossexuais, diz que a questão real da África não é a homossexualidade, mas a homofobia politizada. David Bahati, responsável pela proposta de Uganda, é membro da “Fellowship”, uma organização política e religiosa conservadora dos Estados Unidos. Em maio deste ano, o vice-presidente da Zâmbia, George Kunda, criticou os homossexuais, responsabilizando-os por acabar com os valores cristãos do país e que os resultados poderiam ser o sadismo e o satanismo.
HIV/AIDS
Especialistas afirmam que a forte discriminação contra homossexuais na África pode enfraquecer a luta contra o vírus HIV. A repressão contra eles pode afastá-los de centros de tratamento de HIV. Em fevereiro deste ano, suspeitos de serem homossexuais foram alvos de violência no centro de saúde do governo do Quênia.
A África do Sul foi o primeiro país a proibir qualquer discriminação homofóbica na sua constituição. É o único país na África que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
(Envolverde/Opinião e Notícia )