Homem que matou esposa e atirou nos filhos foi julgado somente 21 anos depois!

Jornal Hoje

O homem que confessou ter matado a mulher e atirado nos filhos começa a ser julgado no Recife, 21 anos depois do crime ser cometido.

 

O julgamento demorou porque o réu nunca comparecia ao tribunal. Desta vez ele pode ser julgado à revelia, ou seja, mesmo sem estar presente.

Foi em uma casa de Jaboatão, região metropolitana do Recife que Ramos matou a mulher Maristela Just e atirou no cunhado e nos dois filhos. Natália que tinha quatro anos foi atingida no ombro. Zaldo, de dois anos foi baleado na cabeça. Os dois querem que o pai volte para a cadeia.

Ramos confessou o crime, ficou um ano preso, mas responde ao processo em liberdade.

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Acusado de matar mulher em
PE falta a júri pela segunda vez

Crime foi há 21 anos e réu confesso ainda não foi preso

Agência Estado
O julgamento do réu confesso da morte da ex-mulher Maristela Just e da tentativa de assassinato dos dois filhos e do ex-cunhado, o comerciante José Ramos Lopes Neto começou nesta terça-feira (1)sem a presença dele ou de seu advogado. O tribunal do júri vai se realizar à revelia do acusado, que está foragido e teve sua prisão decretada no último dia 19. Os crimes foram cometidos há 21 anos.

O decreto da prisão contra Lopes Neto foi divulgado no fim da manhã pela juíza Inês Maria Albuquerque, do Forum de Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana de Recife, ao iniciar o julgamento. A sessão começou ao meio-dia, com três horas de atraso porque duas testemunhas de defesa também não compareceram.

O réu confesso e seu advogado não haviam comparecido ao julgamento marcado inicialmente para o dia 13 de maio, o que levou à suspensão da sessão. Porém, desta vez, a juíza determinou que dois defensores públicos fizessem a defesa para evitar um novo cancelamento. No entanto, mais uma vez o réu e sua defesa não compareceram.

Integrantes do Forum de Mulheres de Pernambuco fazem vigília e exigem punição do réu na porta do prédio onde o comerciante está sendo julgado. Ao chegar ao local, Nathália Just, hoje com 25 anos, disse esperar não haver mais brechas na justiça para que o pai possa ser condenado. Segundo ela, o caso tem sido tratado como emblemático diante da impunidade.

O réu foi preso em flagrante, confessou o crime e ficou detido por um ano. Ele foi solto mediante habeas corpus e desde então respondia ao processo em liberdade, usando de todos os recursos legais para prorrogar o julgamento.

Ainda nesta terça, devem ser ouvidos os dois filhos, três testemunhas de acusação e três de defesa. Ao todo serão oito testemunhas. A expectativa do promotor de Justiça Edgar Brás, um dos responsáveis pela acusação, é de que a sentença saia no final da tarde de quarta-feira (2).


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