Pré-natais aumentam em 10,8 milhões de 2003 a 2009 no Brasil

Portal Terra

O Ministério da Saúde revelou, nesta terça-feira, que o número de consultas pré-natais entre as brasileiras chegou a 19,4 milhões em 2009. É um acréscimo de 125% em relação a 2003, ou 10,8 milhões a mais de atendimentos.

Conforme o ministério, a evolução se deve ao Sistema Único de Saúde (SUS), que ampliou o acesso das brasileiras a atendimentos de saúde sexual e reprodutiva. “Uma das causas está relacionada ao aumento do número de equipes de Saúde da Família, que saiu de 19 mil em 2003 para 30,3 mil em 2009 e ao conseqüente aumento da população coberta que saiu de 35% para 50% no mesmo período”, afirma a diretora do Departamento de Atenção Básica, Elisabeth Wartchow.

De acordo com o ministério, a assistência pré-natal contribui com a melhoria na saúde da mãe e do recém-nascido e a Organização Mundial de Saúde recomenda a realização de, pelo menos, seis consultas de pré-natal durante a gravidez. Esse acompanhamento médico permite identificar possíveis riscos à saúde da mulher ¿ como diabetes e hipertensão arterial e repercussão de doenças no bebê. “É um controle cujo resultado vai se refletir na maior qualidade do parto, da vida da mãe e da saúde da criança”, afirma o diretor do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas, José Luiz Telles.

Controle
Além da melhora na saúde das gestantes, o planejamento familiar também apresentou avanços nos últimos anos. Em 2008, o acesso a métodos contraceptivos femininos alcançou todos os municípios brasileiros ¿ mais de 34,5 milhões de usuárias do SUS. Cinco anos antes, a população-alvo era de 30,2 milhões de mulheres. Segundo o Ministério da Saúde, foram aplicados R$ 35,1 milhões na compra de medicamentos e itens anticoncepcionais, em 2008, contra 10,2 milhões em 2003.

“A mulher tem o direito de escolher se quer ou não engravidar. A opção pelo uso do anticoncepcional garante a ela o total controle sobre seu corpo e sua saúde”, diz Telles. Como consequência do maior acesso a métodos contraceptivos, a quantidade de abortos em condições inseguras sofreu uma redução. De 2003 a 2009, caiu em 15% o número de procedimentos de curetagem feitos no SUS em mulheres sofrendo complicações decorrentes do abortamento ¿ espontâneo ou provocado.

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