Passeata reúne mulheres do campo e da cidade no Recife - Universidade Livre Feminista Antirracista

Faixas, bandeiras, apresentação das Loucas da Pedra Lilás e das Conxitas animaram a caminhada pelas ruas do Centro do Recife

Com borboletas simbolizando liberdade, bandeiras e faixas de reivindicações, integrantes de organizações feministas do campo e da cidade caminharam ontem, 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, pelo Centro do Recife. A concentração foi no início da tarde em frente à sede da FETAPE, no bairro da Boa Vista. Lá, militantes do Fórum de Mulheres de Pernambuco (FMPE) e da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) se somaram às mulheres trabalhadoras rurais e juntas realizaram a Passeata “Igualdade na vida, no trabalho e na política”.

“Viemos do Interior até aqui para dizer que a violência contra a mulher é uma realidade que precisa ter fim”, disse Letícia Maria, 20 anos, do município de Paudalho. Assim como a violência, as bandeiras de luta do movimento feminista estavam expressas em faixas sobre a descriminalização do aborto, igualdade no trabalho, melhora no atendimento nos postos de saúde, pelo fim da lesbofobia, pelo direito à fala, por políticas públicas, dentre outras. “

É importante ver cada vez mais forte a bandeira da visibilidade lésbica neste 8 de Março, com a presença de várias entidades que atuam na luta contra a homofobia e a lesbofobia e mais outras organizações feministas”, falou Cristina Guedes, do grupo LUAS – Liberdade, União Afetivo-Sexual e militante do Fórum de Mulheres de Pernambuco.

Por volta das 14h30, milhares de mulheres seguiram pelas ruas do Centro. O percusso abrangeu a Rua Gervásio Pires, Avenida Conde da Boa Vista, Rua da Aurora, chegando ao Palácio Campo das Princesas, na Praça da República, onde ocorreu o encontro do Governador de Pernambuco, Eduardo Campos, com representantes das trabalhadoras rurais.

Da Praça da República, animadas pelas Loucas da Pedra Lilás, militantes do FMPE e da AMB seguiram em direção à Rua da Imperatriz, onde as loucas realizaram performance sobre o III Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH3). “Queremos o PNDH por inteiro e não pela metade”, cantavam as Loucas. “Há 100 anos temos um dia: 8 de Março é das valentes”, completavam.

Este ano, no Dia Internacional da Mulher, o movimento de mulheres enfatizou a defesa integral do PNDH3 e também prestou homenagens às líderes feministas haitinanas Myriam Merlet, Magalie Marcelin e Anne Marie Coriolan, que morreram no terremoto do Haiti.

fonte: SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia – www.soscorpo.org.br

Deixe um comentárioCancelar resposta