O site www.maismulheresnopoderbrasil.com.br começa uma nova fase e incorpora novas áreas de informação: Executivo, Legislativo, Judiciário, Empresa e Sociedade, consolidando as propostas do capítulo V do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, que visa a ampliação da participação feminina nos espaços de poder e decisão.
O lançamento do novo site traz como material exclusivo estudo sobre a presença feminina no Poder Executivo nos Estados.
A pesquisa da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e do site www.maismulheresnopoderbrasil.com.br revela a continuidade da sub-representação feminina no primeiro escalão dos Governos Estaduais e do Distrito Federal, assim como já revelado nas capitais. São 528 secretarias, 87 mulheres (16,48%) e 441 homens (83,52%). O estudo também revela que a maioria das secretárias ocupa pastas ligadas a Políticas Sociais, 73,56%, demonstrando uma clara tendência de delegar às mulheres pastas relacionadas ao cuidado e à extensão do doméstico. As informações foram apuradas entre os dias 4 de maio e 4 de julho, junto aos 26 Estados Brasileiros e ao Distrito Federal. A região Norte tem o maior percentual de secretárias, 21,32%, e Mato Grosso do Sul é o estado que mais próximo chega à paridade entre mulheres e homens no primeiro escalão estadual, com 45,45%.
Ranking Regional:
Norte – 21,32%; Centro Oeste e Distrito Federal – 17,65%; Sudeste – 16,87%; Nordeste – 13,48%; Sul – 12,7%
Área de Atuação
Políticas Sociais – 73,56%; Administração e Economia – 21,84%; Outros – 4,6%
Região Norte
Assim como aconteceu nas capitais, a região Norte apresenta o maior percentual de mulheres ocupando secretarias estaduais, 21,32%, superando a média nacional de 16,48%. O Pará, governado por uma mulher, tem a segunda melhor média nacional de mulheres secretárias entre os estados, 27,27%, e Roraima, empatando em 3º lugar nacional com Goiás, tem 26,26%.
Região Centro Oeste e Distrito Federal
A região Centro Oeste apresenta o segundo maior percentual de secretárias estaduais, 17,65%, e o estado de Mato Grosso do Sul foi o que mais próximo chegou da paridade entre mulheres e homens no primeiro escalão estadual, 45,45%. Também está na região Centro Oeste o maior percentual de mulheres na administração de pastas relacionadas a Políticas Sociais, 83,33%, acima da média nacional de 73,56%.
Região Sudeste
Terceira região no ranking nacional, o Sudeste tem percentual de 16,87% de mulheres à frente das secretarias estaduais, praticamente a média nacional. É onde existe a maior divers
ificação de pastas administradas por mulheres: Políticas Sociais, 64,28%, Administração e Economia, 28,57%, e Outros, 7,14%. O estado com melhor participação feminina no Sudeste foi o Rio de Janeiro, com 26,31%.
Região Nordeste
Mesmo com a crescente participação política das mulheres no Nordeste, a região aparece em penúltimo lugar entre as regiões, com 13,48%. Apesar do bom desempenho do estado de Alagoas, com 26,31% de secretárias estaduais, e ser a região com o maior número de Secretarias de Políticas para as Mulheres, três das cinco existentes no país, está no Nordeste o estado com o menor percentual nacional de secretárias, Pernambuco, com 3,84%.
Região Sul
Assim como aconteceu na pesquisa divulgada em março, que mediu a presença feminina nas secretarias das capitais, o Sul ocupa o último lugar nacional entre as regiões brasileiras, tem 12,7% de mulheres ocupando o primeiro escalão dos governos estaduais. O estado que apresenta o melhor desempenho é o Paraná, com 22,72% de secretárias estaduais.
Secretarias nas Capitais e nos Estados
Comparando com o estudo das capitais, o dado positivo do estudo é que existe um maior número de Secretarias de Políticas para as Mulheres, cinco, enquanto nas capitais apenas uma secretaria recebia esta denominação. Entretanto, a nova pesquisa revela que a presença feminina nos estados, 16,48%, é menor que nas capitais, 19,85%, e que nas pastas relacionadas a Políticas Sociais, as secretárias representam bem mais que nas capitais, 73,56%, contra 59,49%. Os dados mostram que a presença feminina diminui à medida que aumenta a hierarquia do poder, e a elas são reservados os postos mais tradicionais, a área social, reafirmando uma visão bastante conservadora do “lugar” da mulher.
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