Mobilização das mulheres no Brasil e no mundo

No próximo ano, a ação será mais um instrumento de luta das mulheres, com o eixo “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”. Concentrada em dois períodos (8 a 18 de março, e 7 a 17 de outubro), serão realizadas marchas em diferentes formatos.


Marcha de Mulheres *

Seminário Nacional aponta diretrizes para as mobilizações no Brasil

De 8 de março a 17 de outubro de 2010, a Marcha Mundial das Mulheres organiza sua 3ª ação internacional, com mobilizações em várias regiões do mundo.

Em 2000, a 1ª ação internacional mobilizou milhões de mulheres em torno de uma plataforma feminista de reivindicações contra a pobreza e a violência sexista. Em 2005, consolidada como um movimento permanente, a Marcha apresentou o mundo que as mulheres querem, com a Carta Mundial das Mulheres para a Humanidade.

No próximo ano, a ação será mais um instrumento de luta das mulheres, com o eixo “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres“. Concentrada em dois períodos (8 a 18 de março, e 7 a 17 de outubro), serão realizadas marchas em diferentes formatos.

Organização da ação no Brasil

O Brasil definiu a organização de uma marcha de dez dias, de 8 a 18 de março. A MMM já deu início organização deste importante momento. Entre os dias 15 e 17 de maio, a Marcha realizou um Seminário Nacional com a presença de militantes de 12 Estados e de movimentos parceiros (ANA, ASA, AACC, CONTAG, MOC, MST, CUT, UNE, Movimento das Donas de casa) que debateram e definiram o formato, conteúdo e a organização da ação brasileira de 2010.

A Marcha Mundial das Mulheres consolidou-se como um movimento social dinâmico, um espaço de mobilização, organização e também uma referência no debate de temas estruturais para as mulheres e para a sociedade. Todas essas características são decisivas na organização da ação, que terá caráter de denúncia e reivindicação, com objetivo de conquistar vitórias concretas para as mulheres.

Formato e conteúdo da marcha

Serão 3 mil mulheres em marcha, durante 10 dias, entre Campinas e São Paulo. A marcha dará visibilidade para um feminismo engajado, que luta contra o capitalismo e o patriarcado. Outro elemento fundamental é a solidariedade internacional.

A plataforma tem como referência os quatro campos de ação definidos pela MMM internacionalmente. São eles: Autonomia econômica das mulheres, Bem comum e serviços públicos, violência contra as mulheres, Paz e desmilitarização.

Aos conteúdos internacionais, são agregadas propostas que refletem os acúmulos e demandas das mulheres no Brasil.

Mobilização nos estados

Os comitês da MMM saíram com muitos desafios para a organização da ação. Tarefas como arrecadação financeira, organização de seminários, atividades de formação e mobilização das participantes ocuparão a agenda dos comitês no próximo período.

A expectativa é que o processo preparatório contribua para fortalecer alianças com outros movimentos sociais e avançar na organização da Marcha Mundial das Mulheres em cada localidade.

[Boletim da Marcha – Informativo da Secretaria da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil Boletim da Marcha / JUNHO DE 2009 – Nº 49]

* Boletim da Marcha Mundial das Mulheres. Publicação da SOF – Secretária Executiva MMM.

fonte: Adital

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